Apenas mais um blog,igual a/e tão mau como tantos outros...Mas este é o meu!
Qualquer conspiração/opinião/transmissão aqui presente poderá ser pura ficção.
Não acreditem em tudo...
As opiniões e textos são praticamente todos meus, minha opinião, minha vida e só acredita quem quer!
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domingo, 26 de janeiro de 2014

Isto é bem mais dificil do que aquilo que parece!

-Filho, eu e a tua mãe decidimos fumar um charro contigo.
Carlos ficou a olhar para os pais, sem acreditar.
Eles estavam ali a dizer que após tantos anos a insistir em conselhos, castigos e até orações e promessas, resolveriam experimentar para ver o que afinal o filho tanto via num cigarro de haxixe.
O importante afinal, era mesmo a união da família.
Dez minutos depois os três estavam sentados no quarto do Carlos.
Terminaram de fumar. Carlos, que ainda não acreditava, recusara-se a fumar também.
Inventara uma desculpa qualquer mas a verdade é que alguém tinha de ficar careta para segurar o ambiente e as repercurssões.
- Não estou a sentir nada - reclamou a mãe.
- Calma, Anabela, demora um pouco - explicou o pai com ar de entendido. - Não é, Carlos?
- Tu estás bem, mãe?
- Estou óptima, quer dizer, estou normal. Normalíssima - respondeu a mãe, a rir.
- Eu também - disse o pai. - Aliás, nunca me senti tão normal em toda a minha vida.
- Mãe, qualquer coisa tens leite no frigorífico, ok?
- Engraçado... Anabela, há algo errado com as minhas orelhas?
- As tuas orelhas? - Anabela olhou curiosa para as orelhas do marido. - Não, por quê?
- Estou a senti-las maiores... - Ele apalpava as orelhas, intrigado.
- É normal, pai. É a trip.
- É normal as orelhas crescerem? - perguntou Joaquim, enquanto ia confirmar ao espelho do WC.
- Pois eu continuo normalíssima - observou a mãe, rindo-se do pai. - Eu e minhas orelhas.
- Há pessoas que simplesmente não tripam na primeira vez, mãe.
- Anabela! - gritou o marido de repente. - Anabela, vem aqui depressa!
Anabela correu assustada. Chegou ao WC e deu com o marido a observar-se atentamente ao espelho.
- Eu fui sempre assim, Anabela? Sempre?
- Assim como? - Ela não o compreendia. Carlos, atrás dela, muito menos.
- Como tu pudeste aturar esta barba horrorosa durante todos estes anos, Anabela, como??
- Não me venhas com essa, Joaquim. Eu sempre te disse que era o teu charme, e a tua barba... - respondeu Anabela, surpreendida.
- Pai... - Carlos começava-se a preocupar.
- As minhas preces foram ouvidas! - A mulher ria, enquanto voltava para o quarto.
- Acho que eu ficava melhor sem barba...
- Mãe, não deixes... - Carlos correu para o pé da mãe, assustado com o rumo que as coisas seguiam. - Isto é trip, mãe, isto é trip!...
- Então não te metas na trip do teu pai...- repreendeu a mãe, a olhar o Carlos, mas no fundo sem conseguir sequer parar de rir.
- Anabela, há quantos anos que tu não soltas o cabelo? - perguntou o marido de volta do WC, retirando de repente o elástico do cabelo da mulher.
- Eu?!! - Disse Anabela, surpresa, enquanto tentava impedir mas sem êxito. - Joaquim! Dá cá, depressa!
- Não achas que ela fica melhor assim, Carlos? Eu sempre lhe disse mas ela nunca ligou.
- Pai, eu acho que... será que..
- Carlos, tens aí alguma musiquita aí pra eu dançar com a tua mãe? O que é isto aqui?
- Hmmmm, Megadeth, pai. Acho que tu não vais gostar muito ...
- Tás a ver, Anabela? Precisamos de comprar uns CDs pra nós .
- Pai, mete um pouco destas gotas, é Visine, é bom...
- Joaquim... - disse a mulher, o tom da voz levemente lânguido e meloso, como há muito tempo ela não fazia. - A noite está ótima e quente... Bem que nós podiamos ir a um bailarico. Dizem que hoje é o Zé Café & Guida...
- Sabes que tiveste uma grande idéia, Anabela.
- Pai, não precisavas de entornar as gotas todas nos olhos. Mãe, tens a certeza que...
- Enquanto tu preparas as coisas vou tomar um banho, Joaquim - disse a mulher enquanto se dirigia ao WC. - Será que ainda sei dançar?...
- E porque é que nós não tomamos banho juntos? Sempre poupamos água...

(...)

Nessa noite eles voltaram para casa às quatro da manhã. Carlos ainda rebolava na cama, preocupado.
Não conseguira dormir e tão pouco conseguira estudar para um teste que teria no dia seguinte. Ouviu a porta a abrir e sentiu um alívio imenso. Os dois entraram tentando não fazer barulho - mas não conseguiram.
- Joaquim, ficas um pão sem barba...
- Aqui não, Anabela, vamos acordar o Carlos...
Carlos não conseguia sequer dormir. Não se lembrava de alguma vez se ter preocupado daquela maneira com os pais. Não deveria ter permitido, sabia até que não devia...
-E se tiverem realmente gostado? E se ficarem viciados, o que poderia acontecer?
Pensamentos dispersos ecoavam pela cabeça do Carlos...
O pai tinha tirado a barba depois de mais de 10 anos, ficara tão estranho, que ele nem conseguia olhar a direito para ele.
E se eles convidarem os amigos para fumar também, o que é que esses amigos vão achar disso?
E o trabalho do pai, não poderia sair prejudicado?
E a mãe então, nunca antes ele vira a mãe a rir tanto, parecia uma... uma deficiente mental, quase alucinada.
E se eles dessem muita bandeira e a polícia descobrisse? - a vergonha que seria...
Não podia fazer mal à saúde deles?
Não seria perigoso fumar e simplesmente sair por aí?
Por fim eles entraram no quarto deles. Carlos virou-se para o lado e fechou os olhos, tentando abstrair se, tinha de acordar cedo, mal dormiria...
Bom, talvez fosse só excitação, afinal a primeira vez dá sempre nisso .
Pai e mãe são muitos inexperientes para fumar haxixe.
Mas Carlos ainda ouviu a voz da mãe, pouco antes de fechar a porta: 

- Onde será que ele a guarda? 






" Estou cansado, pá
Cansado e parado por dentro
Sem vontade de escolher um rumo
Sem vontade de fugir
Sem vontade de ficar
Parei por dentro de mim
Olho à volta e desconheço o sítio
As pessoas, a fala, os movimentos
A tristeza perfilada por horários
Este odor miserável que nos envolve
Como se nada acontecesse
E tudo corresse nos eixos.
Estou cansado destes filhos da puta que vejo passar
Idiotas convencidos
Que um dia um voto lançou pela TV
E se acham a desempenhar uma tarefa magnífica.
Com requinte de filhos da puta
Sabem justificar a corrupção
O deserto das ideias
Os projectos avulso para coisa nenhuma
A sua gentil reforma e as regalias
Esses idiotas que se sentam frente-a-frente no ecrã
À hora do jantar para vomitar
O escabeche de um bolo de palavras sem sentido
Filhos da puta porque se eternizam
Se levam a sério
E nos esmigalham o crânio com as suas banalidades:
O sôtor, vai-me desculpar
O que eu quero é mandá-los cagar
Para um campo de refugiados qualquer
Vê-los de Marlboro entre os dedos a passear o esqueleto
Entre os esqueletos
Naquela mistura de cheiros e cólicas que sufoca
Apenas e só -- sufoca.

Estou cansado
Cansado da rotina
Desta mentira que é a vida
Servida respeitosamente
Com ferrete
Obediente
Obediente.

Estou cansado de viver neste mesmo pequeno país que devoram
Escudados pelas desculpas mais miseráveis
Este charco bafiento onde eles pastam
Gordos que engordam
Ricos que amealham sem parar
Idiotas que gritam
Paneleiros que se agitam de dedo no ar
Filhos da puta a dar a dar
Enquanto dá a teta da vaca do Estado
Nada sabem de história
Nada sabem porque nada lêem além
Da primeira página da Bola
O Notícias a correr
E o Expresso, porque sim!
Nada sabem das ideias do homem
Da democracia
Atenas e Roma
Os Tribunos e as portas abertas
E a ética e o diálogo que inventaram o governo do povo pelo povo
Apenas guardam o circo e amansam as feras
Dão de comer à família até à diarreia
Aceitam a absolvição
E lavam as manípulas na água benta da convivência sã
Desde que todos se sustentem na sustentação do sistema
Contratualizem (oh neologismo) o gado miúdo
Enfatizem o discurso da culpa alheia
Pela esquizofrenia politicamente correcta:
Quando gritam, até parece que se levam a sério
Mas ao fundo, na sacristia de São Bento
O guião escrito é seguido pelas sombras vigentes. 

Estou cansado
Cansado da rotina
Desta mentira que é a vida
Servida respeitosamente
Com ferrete
Obediente
Obediente.

Estou farto de abrir a porta de casa e nada estoirar como na televisão
Não era lá longe, era aqui mesmo
Barricadas, armas, pedradas, convulsão
Nada, não há nada
Os borregos, as ovelhas e os cabrões seguem no carreiro
Como se nada lhes tocasse -- e não toca
A não ser quando o cinto aperta
Mas em vez da guerra
Fazem contas para manter a fachada:
Ah carneirada, vossos mandantes conhecem-vos pela coragem e pela devoção na gritaria do futebol a três cores
Pelas vitórias morais de quem voa baixinho
E assume discursos inflamados sem tutano.

Estou cansado
Cansado da rotina
Desta mentira que é a vida
Servida respeitosamente
Com ferrete
Obediente
Obediente.

Estou cansado, pá
Sem arte, sem génio, cansado:
Aqui presente está a ementa e o somatório erróneo do desempenho de uma nação
Um abismo prometido
Camuflado por discursos panfletários:
Morte aos velhos!
Morte aos fracos!
Morte a quem exija decência na causa pública!
Morte a quem lhes chama filhos da puta!
- E essa mãe já morreu de sífilis à porta de um hospital.
Mataram os sonhos
Prenderam o luxo das ideias livres
Empanturraram a juventude de teclados para a felicidade
E as famílias de consumo & consumo
Até ao prometido AVC
Que resolve todas as prestações:
Quem casa com um banco vive divinamente feliz
E tem assistência no divórcio a uma taxa moderada pela putibor.
Estou cansado, pá
Da surdez e da surdina
Desta alegria por porra nenhuma
Medida pelo sorriso de vitória do idiota do lado
Quando te entala na fila e passa à frente
É a glória única de muita gente
Uma vida inteira...

Eleitos, cuidem da oratória..."

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Prepotência...

Eu próprio creio ser arrogante, mas como o afirmo regularmente, está bem medida essa minha arrogância! Ainda assim consigo falar de forma civilizada com a maioria das pessoas,seja de forma virtual ou real...
E sem isso, a minha pseudo-humanidade nem sempre evolui: não há trocas de ideias, nem aprendizagem mútua. 
Estive a ler faz poucos dias, algo sobre alguns princípios religiosos de algumas religiões e li algo sobre os Hindus. 
Lá na Índia, é bastante usual uma pessoa sentir-se bem a falar sobre seus valores, explicar sobre as coisas que acredita, sobre seus princípios e eles, por sinal são muito curiosos quanto aos valores e princípios uns dos outros... princípios de cada um, respeitados, admirados e principalmente, compreendidos. 
Aqui, neste lado do mundo "virtual", o que normalmente mais vale é o individualismo, o orgulho próprio e outras coisas parecidas... 
Ao contrário da Índia, aqui o que mais conta é a aparência das coisas... a todo e qualquer custo. 
Deve ser uma forma de não se sentir tão ineficaz perante o facto de que "sozinhos", nada se pode fazer para de facto ser o que realmente se deseja. 
Assim, com pouco sentido, como que numa luta pela sobrevivência, apelamos para uma "agressividade" sem lógica, gratuita... muitas vezes para nos mostrar-mos... numa ânsia de pareceremos ser mais do que somos, porém, esse efeito é normalmente momentâneo e normalmente traz alguns efeitos contrários e muito mais avassaladores a longo prazo. 
Poderia ser conotada com a Ignorância, mas isso teria de ser tudo descrito de uma forma mais abrangente...
E sinceramente....não tenho muita vontade.
"And I'm holding on tight
To a world gone astray
As they charge me for years
I can no longer pay"





When The Crowds Are Gone.

I don't know where the years have gone

Memories can only last so long
Like faded photographs, forgotten songs
And the things I never knew
When the skin is thin, the heart shows through
Please believe me what I tell you is true

Where's the light, turn then on again
One more night to believe and then
Another note for my requiem
A memory to carry on
The story's over when the crowds are gone

All my friends have been crucified
They made life a long suicide true
Guess we never figured out the rules
But I'm still alive and my fingers feel
I'm gonna play on till the final reel's through
And read the credits from a different view

Where's the lights, turn them on again
One more night to believe and then
Another note for my requiem
A memory to carry on
The story's over when the crowds are gone

When the crowds are gone
And I'm all alone
Playing the saddest song
Now that the lights are gone
Turn them on again
One more time for me my friend
Turn them on again

I never wanted to know
Never wanted to see
I wasted my time till time wasted me
Never wanted to go
Always wanted to stay
Cause the persons I am are the parts that I play
So I plot and I plan
Hope and I scheme
To the lure of a night
Filled with unfinished dreams
And I'm holding on tight
To a world gone astray
As they charge me for years
I can no longer pay

And the lights
Turn them off my friend
And the ghosts
Well just let them in
Cause in the dark
It's easier to see

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

País de estelionatários

Terça, 15 Julho 2008 às 22:34


Terra do dá-se um jeito e da viração
Só sobrevive quem tem factor C na mão
Bandidos,gangsters e malfeitores
Em tudo o que é Função,Departamentos ou sectores!

Espertalhão pede empréstimo para depois não pagar
Abrem lojas do Chinês, para 5 anos depois fechar
Corta-se uma AE com um simples camião 
Na mesma AE é moda contramão

Terra de costumes e da arrumação
Começa delinquente, acaba ladrão
Vilão,gatuno e salteador
Ainda falta muita gente aqui na lista do Vingador

Quando somos novos, apenas nos apelidam de piratas
Uma faca afiada corta sempre a corda dos acrobatas
Nesta piramide azarada, só os vigaristas tem fé
Sociedade contaminada, que nos faz sentar mesmo que em pé

Terra da farra e da confusão
Se ainda faltam meliantes, ninguém sabe quantos são
Facínoras,traficantes e car jackers
assassinos, fariseus, judeus e hackers

Candidato e trapaceiro
Amigo do alheio, e pistoleiro
Vereadores, deputados e governantes
proxenetas, pedófilos e assim por adiante!


Eu não sou poeta nem quero ser...

Mas também eu tenho uma costela do Barbosa du Bocage, por vezes!
Imaginem isto com uma musica qualquer do Quim Barreiros...


Quanto à musica, não é Metal, mas é como se fosse!

Blood for Blood!!!




I ain't like you! 

And i don't want your love. 
And i don't need your respect. 
I just can't hate enough but i got no tears or regrets. 

I ain't like you 
I will never live like you and you will never walk the path i do. 
I will never be like you and i'll never be a part of your society of lies and fools. 
I will never live like you. 
I will never walk the path you do. 
I am your wasted youth so... 
Fuck you and society too 'cause my kind just ain't like you. 

Yeah, i'm a king of nothing, 
'cause nothing's what i am and nowhere is where i'll be. 
But i'd rather be a king of nothing than a servant in a sick society 
'cause pretty little children playing pretty little games in their pretty little worlds is all i've ever seen. 
You've never felt my pain 
And i just gotta say to your face i ain't like you. 

I will never live like you 
And you will never walk my path so... 
Fuck you and your society too. 

Once again i'm a king of nothing, 
'cause nothing's what i am and nowhere is where i'll be. 
I'm a nowhere man from nowhere, u.s.a. 
It's a dead end street near you. 
They broke my heart, they stole my soul and why? 
I'll never know. 
I'm exiled from all of you so... 
Fuck you and the whole world too 'cause i will never live like you. 

If you don't like it... you can suck my dick.