Apenas mais um blog,igual a/e tão mau como tantos outros...Mas este é o meu!
Qualquer conspiração/opinião/transmissão aqui presente poderá ser pura ficção.
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Se a vida fosse simplesmente arte...

"Um homem cujos erros levam 10 anos para corrigir, é um homem completo."
(Julius Robert Oppenheimer)


Comédia pobre para teatro amador. 

Mês de Janeiro, primeiros dias. 
Chove lá fora. 

Personagens 

Micaela Estola– Lourinha bonita e extremamente pintada, que se destaca pelas manias com a tecnologia. 34 Anos 
Petrónio Gifer – pífio e não muito bem sucedido empresário subsidiado pelo QREN e pela EIF. Juntou-se com a namorada rica. 37 Anos 

Cenário

Uma sala de um apartamento de classe média com decoração naif
Dois sofá; um de dois e outro de três lugares. 
Ao centro, uma mesinha de ferro forjado com tampo em vidro , repleta de bibelôs baratos, um cinzeiro limpo e uma moldura com uma foto de ambos que diz "Recuerdo de Palma de Maiorca" 
Em frente ao sofá maior, um panóplia de aparelhos electrónicos. 
Um LCD pendurado na parede. 
Casa em Sacavém, mas que fica bem dizer a toda a gente que é na Expo 

Acto 1 e único: 

Petrónio Gifer está sentado no braço do sofá mais pequeno, enquanto ouve Micaela a injuriá-lo já há um bom quarto de hora. 
Escuta-a de cabeça baixa como que resignado, enquanto ela o massacra com impiedades e com aquele sorriso sarcástico de quem é dona da verdade, o mesmo que sempre a afastou de todos os homens (os mesmos homens que somente a perseguiam pelo seu look, mas que quando conheciam a fera, fugiam...), menos de Petrónio, o seu namorado. 
Namoram há já 7 anos... 

Micaela: Estás a ouvir-me, Petrónio? Só sabes falar! Falas, falas, falas e não dizes nada de jeito! Será que ouves tão bem como falas?? Como é que eu me fui me meter com um zero como tu? 

Petrónio: Micaela, deixa-me! 

Micaela: (Ri-se como uma galinha...) Olha só o coitadinho! “Deixa-me,deixa-me”... 
Quem é que vai trabalhar na Holding agora para sustentar o teu luxo inútil? 
Eu sou a boa cá de casa, estúpido! 

Petrónio: Micaela, vai descansar! Tu estás stressada. Vives no stress! Porque é que não tiras umas férias? 

Micaela: Férias o tanas! Antes quero ficar sozinha! Bem que me avisaram. Eu devia era ter-te largado, grade pote de bofetadas! 

Petrónio tinha já mais 15 Kgs do que quando se tinham visto pela primeira vez...Tinha já umas largas entradas, frontais, mas não havia sinais de calvície. 
Micaela estava elegante, como sempre tinha estado. 
Apenas mais alguns papos de galinha que planeava tirar na próxima viagem ao Brasil, em Fevereiro. 

Petrónio: (levanta a cabeça e começa a encarar Micaela, a inicio com perplexidade, depois com esgar de ódio no olhar. Ergue a voz) Micaela, isso vindo de ti tem muita graça...muita mesmo. 
Não sou eu quem tem uma avó que se entrega aos affairs
(Levanta-se) Sim, aos amores clandestinos! 
Está no teu DNA esta tua histeria insuportável! Começo a ficar farto destas discussões sem nexo... 

Micaela: (pára no meio da sala e volta-se, desvairada) O que é que estás a dizer, meu merdas? 

Petrónio: Tu ouviste bem, Micaela! É isso! Amores clandestinos! Andei com a tua avó, a D. Galina Majorette Estola! 

Micaela pára no meio da sala, enquanto olha fixamente para Petrónio. Abre a boca e nem sequer articula nada. Apenas silêncio misturado com aquele olhar típico de estupefacção... 

Petrónio: Comi muita vez a senhora tua avó, Micaela! 
Eu sabia que era fraco negócio largar a avó para ficar com a louca e pobretanas da neta! Mas arrisquei...Agora digo-te. 
Vai te catar, reles! (saí, batendo com as portas). 

Micaela, sem se voltar,verte lágrimas de apenas um olho... aos poucos desaba sobre o tapete. 
Desfalece... 
Petrónio volta com uma mala de viagem na mão. 
Pára ao lado de Micaela desmaiada por alguns segundos e finalmente sai, deixando a porta de saída aberta. Sente-se livre... 

A morte desce, toma Micaela nos braços e sobe novamente. 

Cai o pano. 
Fim do acto. 
Fim da peça. 

Comédia trágico-cómica!!! 

A música tinha de ser a condizer... 




Now Diabolical

The chase is on
Reverie dies
Stand up be counted
This world that we hold
Will never kneel
Fuck you - you can never win
You never had
Our persistence
It's an honor never bestowed upon you
We're wide - awake
All senses alert
We'll brush you off
Like dirt on our skin
A lifetime under devil wings
Has forged a shield of unpenetrable strenght

'Cause they want
'Cause they need
'Cause they are
Made to be
Now, Diabolical

Countless nights of ferocius anger
And grinding teeth
The jaw is clenched
The spark is lit
The target locked
We want you dead
Your head on our plate
You wanted war
And war you will get
You sorry man - you never knew and you (were) never prepared

We cannot
We will not
We never have been affected by you
We will always fight
We will never rest
We will not mourn

Those who got lost
We entered this world and thought nothing
Of no one or anything
This world that we hold
Came to us with our lives
You always thought
You never knew
You never grasped our existence
A shallow mind in an empty shell - no good to this world
Both feet on the ground
Firmly positioned
Our boiling blood is pumping
Damn you all for being so small
You cannot kill
What you cannot see


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